Julieta - Anne Fortier
Autor: Anne Fortier
Editora: Arqueiro
Ano de lançamento: 2010
Número de páginas: 448
Oi galera,
tudo bem? Para minha primeira postagem escolhi um romance (não é meloso) que eu
adorei, de verdade. Espero que gostem.
Julie Jacobs e sua irmã gêmea, Janice, nasceram na Itália, mas aos 3 anos foram adotadas por sua tia-avó Rose após seus pais morrerem em um acidente de carro. Com o falecimento de tia Rose, Janice herda a casa e toda a fortuna, enquanto para Julie resta apenas uma carta, na qual Rose revela que seu verdadeiro nome é Giulietta Tolomei e que sua mãe havia lhe deixado um tesouro familiar muito antigo. Mesmo não acreditando que essa busca ao tesouro iria dar certo, ela parte para Siena.
Acaba por encontrar somente papéis velhos e mofados
junto com um exemplar de Romeu e Julieta, algumas cartas e um diário muito
antigo, o qual conta a trágica história
de Romeo Marescotti e Giulietta Tolomei, vítimas do ódio entre os Tolomei e os
Salimbeni, que foi adaptada e imortalizada por Shakespeare, o que não só é uma história
real, como também a história de seus antepassados.
A partir das
informações contidas nos papéis de sua mãe, Julie parte para uma caçada
perigosa e mortal, buscando seu tesouro e o fim de uma antiga maldição.
Antes de
torcerem o nariz por ser uma adaptação de uma obra de Shakespeare vou logo
dizendo que o livro é baseado em fatos reais. A versão mais antiga de Romeu e
Julieta foi ambientada em Siena e, quando se investiga a história local,
compreende-se o porquê.
Mais do que
qualquer outra cidade toscana, Siena foi dilacerada por ferozes rivalidades
familiares durante toda a Idade Média e era famosa a rixa entre os Tolomei e os
Salimbeni, já que esta possivelmente causou a morte dos jovens Romeu e Giulietta. Vários
autores, no decorrer dos anos, retrataram essa história, até que Shakespeare a
imortalizou.
Julieta é um livro no qual podemos encontrar romance,
tragédia, aventura, detalhes históricos, intrigas, romance policial e uma bela
pitada de humor. Foi isso que o fez entrar
na lista dos meus favoritos.
Anne Fortier
escreve maravilhosamente. E a escrita da autora é tão encantadora que é
impossível você ler e não ficar com vontade de conhecer tudo sobre Siena,
Itália e Romeo e Giulietta. Uma pesquisa minuciosa permitiu à autora tanto
veracidade quanto liberdade de criação.
Nos dias atuais temos Julie narrando enquanto tenta desvendar toda essa
confusão e acaba se metendo em muitas mais, se relacionando com as pessoas de
Siena e até com Alessandro, que de início cria uma grande antipatia. E no
diário encontramos a narrativa em terceira pessoa da trágica história de amor
de Romeo e Giulietta.
A Giulietta Tolomei de 1340 é
forte, destemida e tem muito mais audácia.
Romeo também não fica para trás - é o tipo rebelde despreocupado, ansiando por
amor. Por isso, as partes que mais gostei foram as de 1340. E a impressão que Janice passa no início do livro muda totalmente. Ela
passa longe do papel de vilã odiada. Ela é sarcástica e às vezes sem coração.
Mas ela me arrancou várias risadas durante a leitura.
Em vários momentos você vai pensar ter descoberto as respostas
para as perguntas, mas não seja tão confiante, o que não faltam são
reviravoltas. Julieta é um daqueles livros que prende o leitor e
eu recomendo a todos.
De 0 a 5 minha nota
é 5, é perfeito mesmo.
Obs: Não deixe de ler a nota
da autora quando terminar a leitura. Tem alguns esclarecimentos muito úteis.
“- Diga-me, Janice, como é que eles enfiam isso tudo aí dentro? Pelo umbigo?
- Diga-me, Julie – imitou minha irmã -, como é não ter nada enfiado aí? Nunca!”
“- Ora... Deves realmente gostar de mim, se preferes morrer comigo a ficar vivo com outra mulher.
- Creio que prefiro. – Ele a envolveu nos braços. – Beija-me, senão com certeza morrerei.”
“Em seu excelente romance de estreia, Anne Fortier navega por entre pistas falsas e reviravoltas, e o resultado é uma história de amor que poderíamos chamar de O Código Da Vinci para mulheres inteligentes e modernas.”- Publisher’s weekly
“Julieta é um desses romances raros aos
quais não falta nada: narrativas paralelas bem amarradas, intrigas, detalhes
históricos, tudo num cenário de perigo iminente. Anne Fortier joga uma nova luz
sobre uma das maiores histórias de amor do mundo.” – Sara Gruen, autora de Água para elefantes
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