Autora: Robin Hobb
(pseudônimo de Margaret Ogden)
Editora: LeYa
Ano de lançamento: 2013
Número de páginas: 412
Olá pessoal, há quanto tempo? Nesse dia das bruxas, decidi
fazer a resenha de um livro que pode parecer assustador, mas que considero um
dos mais bem escritos e trabalhados contos de fantasia dos últimos tempos. Como
já diz George R. R. Martin na capa, Robin Hobb é uma autora difícil de ser
criticada, uma verdadeira joia perdida.
O livro conta a história de Fitz, ou o bastardo de
Cavalaria como é mais bem conhecido. Antes de continuar, é importante dizer que
os personagens na maioria das vezes possuem nomes que tem a ver com sua
personalidade. Assim, não estranhem (muito).
A história é narrada em primeira pessoa, uma surpresa visto
em conta tratar-se de um livro de fantasia, mas Hobb consegue trabalhar como
poucos seus personagens. O protagonista, cujo nome real nem mesmo ele se
lembra, é criado pelo mestre dos estábulos de Cavalaria e cresce em meio aos animais,
tendo os cachorros como melhores amigos.
O interessante nesta saga é a Magia que ocorre aqui e ali,
dando um toque fantástico aos livros. Fitz, por ser de uma família Real, possui
o dom, que consiste basicamente na comunicação a distância por telepatia, mas
vai mais além que isso, conforme ao passar do livro descobre-se. Assim, ele é
treinado por um assassino profissional, Breu, que lhe serve de tutor e
conselheiro no decorrer do livro.
Além de bastardo, ser considerado uma ameaça aos Seis
Ducados, o Reino fictício do livro, Fitz ainda tem de lidar com um tio que
almeja o Trono de seu pai, o Rei Veracidade, além de lidar com os perigos que
seus dons trazem e dos saques feitos por corsários que fazem uma espécie de
lavagem cerebral, conhecida como Forjamento, nos habitantes dos Seis Ducados,
trazendo medo e terror a todos que vivem em ducados costeiros.
Não parando por aí, é incluído no início de cada
capítulo algumas informações sobre a história dos Seis Ducados, a geopolítica
da região e assuntos e personagens citados no livro.
Ao fim, é impossível não sentir empatia por Fitz, e o
desejo pelo próximo livro da trilogia é inevitável. Recomendo a todos os que
procuram uma boa história de suspense, magia, intriga política e Idade Média.
Enfim, não é tão brutal ou maduro
como As Crônicas de Gelo e Fogo,
mas como literatura de fantasia funciona muito
bem, não é à toa que a autora já escreveu mais de 20 outras obras situadas no
mesmo mundo!
Nota: 9,0
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