quinta-feira, 31 de outubro de 2013

O Aprendiz de Assassino

Autora: Robin Hobb (pseudônimo de Margaret Ogden) 
Editora: LeYa
Ano de lançamento: 2013
Número de páginas: 412

Olá pessoal, há quanto tempo? Nesse dia das bruxas, decidi fazer a resenha de um livro que pode parecer assustador, mas que considero um dos mais bem escritos e trabalhados contos de fantasia dos últimos tempos. Como já diz George R. R. Martin na capa, Robin Hobb é uma autora difícil de ser criticada, uma verdadeira joia perdida.

O livro conta a história de Fitz, ou o bastardo de Cavalaria como é mais bem conhecido. Antes de continuar, é importante dizer que os personagens na maioria das vezes possuem nomes que tem a ver com sua personalidade. Assim, não estranhem (muito).

A história é narrada em primeira pessoa, uma surpresa visto em conta tratar-se de um livro de fantasia, mas Hobb consegue trabalhar como poucos seus personagens. O protagonista, cujo nome real nem mesmo ele se lembra, é criado pelo mestre dos estábulos de Cavalaria e cresce em meio aos animais, tendo os cachorros como melhores amigos.

O interessante nesta saga é a Magia que ocorre aqui e ali, dando um toque fantástico aos livros. Fitz, por ser de uma família Real, possui o dom, que consiste basicamente na comunicação a distância por telepatia, mas vai mais além que isso, conforme ao passar do livro descobre-se. Assim, ele é treinado por um assassino profissional, Breu, que lhe serve de tutor e conselheiro no decorrer do livro.

Além de bastardo, ser considerado uma ameaça aos Seis Ducados, o Reino fictício do livro, Fitz ainda tem de lidar com um tio que almeja o Trono de seu pai, o Rei Veracidade, além de lidar com os perigos que seus dons trazem e dos saques feitos por corsários que fazem uma espécie de lavagem cerebral, conhecida como Forjamento, nos habitantes dos Seis Ducados, trazendo medo e terror a todos que vivem em ducados costeiros.

Não parando por aí, é incluído no início de cada capítulo algumas informações sobre a história dos Seis Ducados, a geopolítica da região e assuntos e personagens citados no livro.

Ao fim, é impossível não sentir empatia por Fitz, e o desejo pelo próximo livro da trilogia é inevitável. Recomendo a todos os que procuram uma boa história de suspense, magia, intriga política e Idade Média. Enfim, não é tão brutal ou maduro como As Crônicas de Gelo e Fogo, mas como literatura de fantasia funciona muito bem, não é à toa que a autora já escreveu mais de 20 outras obras situadas no mesmo mundo!

Nota: 9,0

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